Noite mal dormida do cão.
Literalmente. Acontece que o canino esteve super estranho na quarta durante
todo o dia. Como moro pertíssimo do trabalho, quando ele não vai pra creche
(como foi o caso) sempre passo em casa pra ver se ele está bem, levá-lo pra
fazer as necessidades, e dar comida. Dessa vez ele não me recebeu com festinha.
Estava se tremendo e acuado, como se tivesse feito alguma besteira, como xixi
no lugar errado. (coisa que ele não faz há muito tempo). Procurei, dei uma
geral na casa e nada. À noite, quando chegamos foi bem parecido. Quase sem se
mexer, prostrado, nem quis ficar muito perto da gente. Imagina meu desespero! A
princípio pensei na possibilidade de ser uma reação ao vermífugo que dei para
ele na noite anterior, mas descartei logo a chance. Mais tarde, esbarrei nele
sem querer (bem fraquinho) e ele deu uma chorada. Aí que caiu a ficha: ele
estava com dor. Até comecei a notar (ou seria coisa da minha cabeça?) que ele
estava andando meio rígido, contraído. Uma possibilidade é que ele tenha se
machucado na escada. Não seria a primeira vez. Massageei o corpo dele para ver
se ele reclamava de dor em algum local, mas não. Cogitei sair quase meia-noite
pra emergência veterinária, mas liguei para o veterinário, ele me acalmou, e
fui orientada a dar uma dipirona pra ele. Resolvi esperar amanhecer e levá-lo
pra clínica. Nem preciso dizer que quase não dormi de preocupação. No dia
seguinte ele levantou um pouco melhor aparentemente. De acordo com a avaliação
do veterinário, ele tá com dor em um dos pontos da coluna, provavelmente por
conta de um mal jeito que deu (coisas da idade). Aí ele aproveitou e fez um
exame geral e acabou encontrando algo pior: sopro no coração. Ele falou que é
da idade e receitou um remédio pra fortalecer. O próximo
passo é fazer um ecocardiograma pra investigar melhor e quanto à coluna, ficar
de olho pra confirmar se era isso mesmo. Fiquei arrasada. MAS, no meio desse
caos a gente agradece pelos favores. O importante é ter pessoas por perto que nos
apoiem nesses momentos, como o marido que nem pensou duas vezes antes de correr
na farmácia porque achava que seria mais rápido que aguardar a entrega. Minha
mãe que mesmo de longe (ela mora no Rio) consegue estar presente nos momentos
difíceis. (Sim, quase trinta anos na cara e quando a situação aperta ainda ligo
pra minha mãe. rs). Minha amiga Beth, que também passou por uma barra com o
Fluffy dela e me tranquilizou bastante, e a Claudia (dona da creche) que deu
uma força e foi uma fofa, como sempre... é aquela história: quem meu filho
(canino, no meu caso) beija, minha boca adoça. Façam um pensamento positivo aí
pelo meu canino? Ele é tão bebezo, não sabe nem dizer onde dói, e eu estou
angustiada demais. Quem ama muito um bichinho sabe como é.
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