O assunto de hoje é a compulsão e
é muito mais comum que se imagina. A compulsão é considerada um distúrbio
comportamental. Caracteriza-se por um comportamento repetitivo sem motivo
aparente. Alguns exemplos bem comuns são a lambedura excessiva e correr atrás
do rabo. O problema desse distúrbio é que pode levar a graves consequências,
como no caso de sérias lesões pela lambedura, podendo chegar até a
automutilação. Ocorre bastante em cães focados excessivamente. A compulsão surge
através da genética + tédio + reforço do comportamento. O reforço do
comportamento se dá quando você dá um ossinho ou atenção quando ele está se
lambendo. A intenção é que ele pare de se lamber, mas ele entende como uma
recompensa para o comportamento. Como já dissemos aqui, até a bronca pode ser
uma recompensa, pois você está dando atenção. Nesse caso o melhor a fazer seria
ignorar ou chamar a atenção dele para outra coisa, como começar a brincar com
uma bolinha para que ele viesse até você. Se você acha que seu canino tem
alguma compulsão, a primeira coisa a ser feita é levá-lo ao veterinário para
descartar algum problema neurológico. Se não for o caso (na maioria das vezes
não é) devemos identificar a causa desencadeante desse tipo de comportamento, de
modo que possamos intervir para evitá-la. O que podemos fazer, então?
Segue
algumas dicas de como podemos lidar com a situação:
•Aumentar a atividade física
regular do cão.
•Utilizar o enriquecimento
ambiental (ler post sobre o assunto).
•Dessensibilização de situações
que desencadeiam as compulsões. A dessensibilização é quando alteramos a
resposta emocional a determinado estímulo, inserimos uma situação de conforto
naquele momento.
•Redirecionar a compulsão para outro
comportamento. Para um cachorro que lambe a pata você pode dar brinquedos com
comida e petiscos, por exemplo. No caso de um cachorro que corre atrás do rabo
por ansiedade quando o interfone toca. Você pode fazer treinamento com ele para
que se distraia e foque em outra coisa enquanto o interfone tocar. Lembrando-se
de recompensá-lo, e no caso dele apresentar o comportamento inadequado,
ignorá-lo, sem dar atenção. Crie mais situações em que ocorra a causa
desencadeante – fazer tocar o interfone mais vezes durante o treinamento, de
forma gradual.
•Treinar obediência e interação
de forma positiva.
•A bronca nesses casos é legal
que seja despersonalizada, ou seja, o canino não saiba da onde vem e não
associa a você. Pode ser com um barulho que interrompa o comportamento, por
exemplo. Mas é importantíssimo que o comportamento seja redirecionado porque a
bronca gera frustração e estresse.
• Em casos muito graves, use colar elisabetano. Ele quebra a
conexão neural um pouco porque o cão não consegue repetir o comportamento.
• Você pode tentar redirecionar a compulsão por algo menos
prejudicial. Lamber ou roer um ursinho é melhor do que a pata, por exemplo. A
compulsão vai se deslocar, nesse caso.
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