quinta-feira, 20 de junho de 2013

Compulsão: o que é, como lidar?

O assunto de hoje é a compulsão e é muito mais comum que se imagina. A compulsão é considerada um distúrbio comportamental. Caracteriza-se por um comportamento repetitivo sem motivo aparente. Alguns exemplos bem comuns são a lambedura excessiva e correr atrás do rabo. O problema desse distúrbio é que pode levar a graves consequências, como no caso de sérias lesões pela lambedura, podendo chegar até a automutilação. Ocorre bastante em cães focados excessivamente. A compulsão surge através da genética + tédio + reforço do comportamento. O reforço do comportamento se dá quando você dá um ossinho ou atenção quando ele está se lambendo. A intenção é que ele pare de se lamber, mas ele entende como uma recompensa para o comportamento. Como já dissemos aqui, até a bronca pode ser uma recompensa, pois você está dando atenção. Nesse caso o melhor a fazer seria ignorar ou chamar a atenção dele para outra coisa, como começar a brincar com uma bolinha para que ele viesse até você. Se você acha que seu canino tem alguma compulsão, a primeira coisa a ser feita é levá-lo ao veterinário para descartar algum problema neurológico. Se não for o caso (na maioria das vezes não é) devemos identificar a causa desencadeante desse tipo de comportamento, de modo que possamos intervir para evitá-la. O que podemos fazer, então? 
Segue algumas dicas de como podemos lidar com a situação:

•Aumentar a atividade física regular do cão.

•Utilizar o enriquecimento ambiental (ler post sobre o assunto).

•Dessensibilização de situações que desencadeiam as compulsões. A dessensibilização é quando alteramos a resposta emocional a determinado estímulo, inserimos uma situação de conforto naquele momento.

 •Redirecionar a compulsão para outro comportamento. Para um cachorro que lambe a pata você pode dar brinquedos com comida e petiscos, por exemplo. No caso de um cachorro que corre atrás do rabo por ansiedade quando o interfone toca. Você pode fazer treinamento com ele para que se distraia e foque em outra coisa enquanto o interfone tocar. Lembrando-se de recompensá-lo, e no caso dele apresentar o comportamento inadequado, ignorá-lo, sem dar atenção. Crie mais situações em que ocorra a causa desencadeante – fazer tocar o interfone mais vezes durante o treinamento, de forma gradual.

•Treinar obediência e interação de forma positiva.

•A bronca nesses casos é legal que seja despersonalizada, ou seja, o canino não saiba da onde vem e não associa a você. Pode ser com um barulho que interrompa o comportamento, por exemplo. Mas é importantíssimo que o comportamento seja redirecionado porque a bronca gera frustração e estresse.

• Em casos muito graves, use colar elisabetano. Ele quebra a conexão neural um pouco porque o cão não consegue repetir o comportamento.

• Você pode tentar redirecionar a compulsão por algo menos prejudicial. Lamber ou roer um ursinho é melhor do que a pata, por exemplo. A compulsão vai se deslocar, nesse caso. 

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