Todos nós temos algum tipo de
medo em algum nível. O medo é uma reação protetora e saudável do ser humano. Se
não fosse o medo, iríamos nos expor a todo tipo de perigo, nos tornando
vulneráveis a diversas ameaças. Os animais também sentem medo. O problema é
quando o medo é excessivo, deixando o animal estressado, podendo levar até ao
pânico. O cão não nasce com medo, ele se desenvolve. As causas dos medos são a
genética, traumas e má sociabilização. Por isso é tão importante expor o cão
quando este é filhote a diversos estímulos, já que ele se acostumando a
diversas experiências (ex: crianças, outros animais) não terá medo das mesmas mais
tarde.
Muitas vezes nós acabamos sem
querer estimulando o animal a desenvolver alguma fobia. Se por exemplo, nosso
canino é filhote, cai um trovão e nós corremos para pegá-lo no colo com medo de
que ele fique assustado, ele vai associar a algo ameaçador. Seu pensamento é
que se até você, que deveria ser o líder da matilha, está assustado, é porque
deve ser realmente perigoso. O melhor nesse caso seria não dar importância ao
evento, para que o animal se sinta seguro a partir da sua atitude.
Se o animal já tem medo de algum
evento, devemos agir de forma diferente. Se for esse o caso, devemos fazer uma
dessensibilização e contracondicionamento no cão para alterar a resposta
emocional a determinado estímulo. Como fazemos isso? Inserimos uma situação de
conforto no momento em que acontecer o estímulo que causa medo no canino.
Importante ressaltar que não funciona se o animal estiver em pânico e é um
processo gradual. Um exemplo: um cachorro que tem medo de campainha. Podíamos
gravar o som da campainha e deixar tocar diversas vezes baixinho durante um
treino com o cão, dando bastante petiscos e carinho nesse momento. Fazendo isso
você estará desviando o foco do cão para outra coisa. Recompense-o quando ele
continuar prestando atenção em você. O trabalho é longo e exige paciência. Algo
que irá ajudar no processo é trabalhar a autoconfiança do cão.
Pois é, pessoal, esse é um
problema que exige treino e dedicação da nossa parte, além de muita paciência.
O processo é lento, mas devemos ser persistentes e respeitar o tempo do canino.
Em alguns casos graves, é necessário o uso de medicamentos. Converse com o
veterinário a respeito.
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